Caros
Assim como os empregados da iniciativa privada já podiam, desde ontem os servidores públicos também podem comprometer 35% da renda líquida no empréstimo consignado, desde que esse adicional de 5% seja utilizado para pagar despesas de cartão de crédito. Esta é uma notícia boa para os servidores que estão endividados com o cartão de crédito e estão pagando altas taxas de juros no crédito rotativo, que é a parcela da fatura não liquidada mensalmente; os principais bancos estão cobrando entre 13 e 16% ao mês de juros.
Mas esta é uma boa notícia apenas para aqueles endividados que quitarem os empréstimos e deixarem de usar o cartão de crédito. Quem está endividado no cartão de crédito é porque não sabe usá-lo; se não sabe usar é melhor cancelar o cartão. Quem continuar usando o cartão de crédito em função do alívio momentâneo proporcionado por esta operação vai continuar se endividando. E o problema não é somente os 5% adicionais de empréstimos; o problema é a dívida total. Quem tem 35% da renda líquida comprometida com o empréstimo consignado precisa fazer um planejamento de médio prazo para quitação desse endividamento. A primeira providência é deixar de gastar com cartão de crédito.
O empréstimo consignado é uma operação interessante para situações de emergência, com quitação em até seis meses. Quando o número de prestações ultrapassa esse limite, a taxa começa a subir fazendo com que a operação perca um pouco de sua atratividade natural. Nesse sentido a hora é mais para reflexão do que para comemoração. Não é hora de manter os gastos nos níveis em que estão. É hora de rever os gastos para recuperar as boas práticas de finanças pessoais.
Abs
Valter Celio
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